Estimulação Elétrica Funcional

Mundialmente conhecida pela sigla FES (Functional Electrical Stimulation), a estimulação elétrica funcional é uma forma de tratamento que utiliza a corrente elétrica de baixa freqüência para provocar a contração de músculos paralisados ou enfraquecidos decorrentes de lesão do neurônio motor superior, como derrames, traumas raqui-medulares ou crânios encefálicos, paralisia cerebral, dentre outros.

A Estimulação Elétrica Funcional é utilizada em terapias específicas por profissionais da fisioterapia através de eletrodos sobre a pele do paciente.

Neste caso, durante sessão de fisioterapia na Reab Kids, em paciente com sequela motora em hemicorpo direito devido a paralisia Cerebral, com distúrbio no tonus muscular, chamado de espasticidade, que dificulta os movimentos voluntários, a sensibilidade e força foi utilizado pela fisioterapeuta Fernanda Cassia para adequação do tônus e recrutar fibras musculares dos extensores de punho e dedos.

Neste caso, no paciente com Hemiparesia à Direita, a Estimulação Elétrica Funcional (FES) promove fortalecimento e favorece a movimentação voluntária.

 

Leia mais sobre  o Princípio do aparelho:

A FES é uma das correntes que fazem parte do grupo conhecido como estimulação elétrica neuromuscular (EENM) – corrente russa, FES, corrente Aussie, que usam as correntes elétricas para provocar contrações musculares através dos eletrodos. E o termo FES é usado na literatura e na prática clínica quando se quer produzir movimento funcional.  A corrente gera pulsos elétricos, bifásicos, não polarizados, que variam geralmente na frequência, na configuração do pulso, simetria ou assimetria e nas modulações e possui alta resistência do tecido e uma baixa profundidade de penetração devido a sua baixa frequência.  No entanto, há controvérsias em relação ao que seria definido como baixa, media e alta frequência.
Conheça também os Parâmetros bioelétricos
Usa-se alguns parâmetros básicos para regular o seu uso de forma satisfatória:
  • Frequência – É o número de pulsos por segundo, expressos em Hertz (Hz);
  • Trem de Pulso ou Intensidade – É a sequência de estímulos que se constitui na escolha da saída de corrente (quantidade de fluxo de elétrons) em miliamperes;
  • Duração (largura) de pulso – Tempo em que a corrente permanece na pele do paciente;
  • Rise (Rampa de Subida de Pulso – Regula a velocidade de contração;
  • Decay (Rampa de Descida do Pulso) – O tempo de descida regula a velocidade com que a contração diminui, ou seja, o tempo desde a contração máxima até o relaxamento muscular
Houve um aumento no número de pesquisas com relação a FES e as diversas patologias do homem. É conhecido os benefícios desta terapia na melhora da marcha de pacientes hemipareticos,  assim como de pacientes neurológicos em geral (paralisia facial ou paralisia de Bell, Paralisia cerebral, Doença de Parkinson).
As contra indicações são para pacientes com marca passo, doenças vasculares periféricas, tecido neoplástico, seio carotídeo e nervo frênico, gestantes, pacientes com baixo entendimento e neuropatias periféricas.

 

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